segunda-feira, 6 de setembro de 2010

DONATRISTEZA

Foi em Nova York, estava só no atelier num dia frio e resolvi pintar selos. Um monte de telinhas num canto me despertou para a experiência. Pintei cinco caras novaiorquinas naquela tarde e outros tantos no dia seguinte. Eles vinham aos milhões, nos bares, nas ruas, nos metrôs, à minha volta eram todos novaiorquinos vindos de todas as partes do mundo, inclusive a dona tristeza, que chorava no trem da linha N.

OS SUSTOS NOSSOS...


Corria os anos setenta do, cada dia mais longínquo século passado, quando ocorreu-me esta foto. Vagou gavetas e mundo afora para um dia estar relegada sobre entulhada prancheta a fim de que a minha Ana predileta pudesse captura-la com seu iPhone - melhor a cópia que o original - e remetê-la a esta página. Ei-la trocentos anos depois. Cá estamos todos que nos reunimos em nós mesmos olhando assustados para o espelho em pleno século seguinte onde o novo é novo, às vezes novíssimo. E os sustos idem...